A despedida

Após sete dias de trabalho, hoje foi o dia da minha (tãoooooooooo) merecida folga. Tinha tudo planeado: Fazer as malas, ir ao supermercado, imprimir o bilhete da viagem. E continua planeado, mas não para hoje. Só me lembro de me deitar e acordar há pouco (nota: eu trabalho no turno da noite, não andei na borga!!!).

Bem, isto para desabafar sobre este turbilhão de emoções que pairam nesta massa cinzenta, dentro da minha cabeça.

A decisão de me mudar para Bristol parece-me a mais acertada. Porquê?

-Ficarei mais perto da minha irmã;

-Mudarei de emprego e, consequentemente, melhorarei a minha qualidade de vida;

-Terei fins-de-semana livres, como as pessoas normais que trabalham;

-Não viverei nesta cidade na altura dos Jogos Olímpicos (coisa que já me estava a deixar deveras preocupada);

Vou continuar a enumerar? Não me parece...

Bem, a questão aqui é: eu não tinha noção da quantidade de amigos que já fiz nestes 5 meses! Quando eu falo de amigos, não falo daquelas pessoas a quem abro o meu coração e/ou vamos para os copos a noite toda e/ou partilhamos na mesma cama enquanto contamos as nossas lamurias ou o diabo a sete. Não. Falo de pessoas das quais eu terei de me despedir e dar uma justificação porque vão, naturalmente perguntar-se por mim e, como algumas já o disseram "vou sentir a tua falta" (mimimimimimimimimi), pessoas com quem falo diariamente, para além de um "olá, xau"... e já me vi triste por pensar na despedida. A parte boa disto é que, sem dar conta, já tinha mesmo gente que fazia parte do meu dia-a-dia nesta nova vida e que entraram de uma maneira facílima.

A verdade é que não me dou bem com despedidas.

E a outra verdade é que, uma parte de mim está muito contente com esta mudança mas outra parte chama a atenção por, novamente deixar amigos para trás.

Bah!