quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Trabalho ou emprego precisa-se!

Está aqui uma pessoa a fazer contas à vida e lembra-se que aterrou neste país em estado miserável (economicamente, claro) há cerca de um mês e meio e, verdade seja deita, até agora, nem sinais de um empregozinho ou um trabalhinho pesado (eu já nem peço muito). Comecei à procura de trabalho afincadamente lá na última semana de Dezembro e o mais parecido que tive com um emprego foi quando ajudei uma amiga minha lá numa barraca de bijutarias, durante cinco horas.«, no Continente.
A parte boa disto? Como tudo, há sempre aspectos positivos a serem retirados (lolololololololol), vejamos:
-Já fui a mais de cinco entrevistas e sinto que já começo a perder os nervos que se associam a este processo;
-Já enviei cv's para todas as lojas do concelho de Aveiro (a parte boa é que sei que já não tenho de fazer mais isso porque já esgotei os recursos, restando-me, apenas, esperar);
-Já fui aldrabada umas quantas vezes e já começo, a modos que a ter tacto para os anúncios com ratoeiras;
-Constato, também que, se há dois anos atrás eram sete cães a um osso, hoje em dia, são vinte e um cães para meio osso e, portanto, tenho de mudar a minha estratégia na procura de emprego;
-Para quem pensa que não tenho procurado trabalho na minha área, engane-se. Tenho, pois e tenho a dizer que a única merda que aparece são anúncios para comerciais porta-a-porta (e, para tal, não me teria licenciado, já sem mencionar que não tenho aptidões para esse cargo - chamemos-lhe cargo. Para mim, quem anda de porta-a-porta são os jeovás e muito respeitinho, atenção).
Bem, mas eu não vim aqui para me lamentar (a minha irmã diz que já começo a ser repetitiva), vim aqui para vos por a par das últimas novidades no que toca à procura de emprego.
Comecemos por um cago que concorri para Gerente de uma nova filial de uma empresa de trabalho temporário (DeslumbrÊxito). A Leoa não fez o trabalhinho de casa (nota: nunca esquecer o T.P.C.) e não procurou a empresa na net. É que se tivesse procurado, teria visto que eram todos uns burlões, filhos da put* (e poderia continuar mas não me apetece alongar no assunto). Na verdade, o trabalho mesmo consistia em vender Optimus Kanguru porta-a-porta. Não bastava o servicinho porta-a-porta, ainda foram mentirosos, quiseram enganar a Leoa e a coisa não acabou lá muito bem. A estória finalizou com papeis a voar da secretária, uma notinha no livro de reclamações e uma ida ao tribunal de trabalho. Relembro: DeslumbrÊxito (agora, processem-me!).
Depois do meu coração recuperar desta aldrabice toda, surgiu por aí uma entrevista na loja N (que não vou mencionar o nome) e lá foi a Leoa. A coisa começou logo mal porque me mandaram lá estar às 15h45 e quando lá chego, dizem-me para esperar mais uma hora e voltar às 16h45. Logo aí, eu já devia ter desconfiado que aquilo não ia a lado nenhum mas a Leoa esperou. Vá... às 16h55 lá apareceu um gay qualquer (peço desculpa aos mais sensíveis) e às tantas, ai e tal "a entrevista fica para amanhã porque surgiu um imprevisto". Constata-se: Gay, incompetente e imprestável. Pronto, no dia seguinte, estava-se mesmo a ver e eles lá ligaram uma hora antes da entrevista a cancelar novamente, desta vez sem nova data). Nota: Tentar ignorar, se possível, a loja N.
Mas achava eu que a incompetência tinha terminado, quando me ligam da loja P para uma entrevistinha. Lá foi a Leoa toda contente, toda maquilhada, toda XPTO, quando se apercebe que eram umas 628 meninas a concorrer ao cargo. Inspirei e lá fui eu loja a dentro, prontinha para ser entrevistada. A coisa começou logo mal, também, quando ouço a senhora da entrevista a dizer a uma das 628 entrevistadas, qualquer coisa do género "ela que venha amanhã. Eu não vou fazer entrevistas amanhã mas ela que venha": Contra factor Cunha, eu cá não consigo concorrer. Mas fosse só isto, ai fosse, sim. Uma das partes da entrevista consistia em irmos para a frente de loja, sem grande conhecimento e tal mas tentarmos vender os produtos, enquanto a que me fez a entrevista ficava a ver a nossa prestação (eram postas em loja três entrevistadas de cada vez). Bem, aquilo foi coisa para estar duas horas na loja! Duas horas a vender e arrumar loja à borla! Escusado será dizer que não fui seleccionada.
 ouve, também uma oferta engraçada na minha área, para comercial (lololol) onde nem sequer existia um ordenado base e o contrato existiria bem mais lá para a frente, se eu lá me safasse a vender alguma coisa. Basicamente ganhava à comissão. Até pode ser que alguém se identifique com este cargo mas não sou um dos casos (pelo menos, enquanto tiver a casa dos papás para morar e sem filhos a meu cargo).
E, vá, a última oferta de emprego irrecusável destina-se a fazer telemarketing para uma empresa de trabalho temporário, em que pagam 6€ e qualquer coisa por dia, trabalhando 7h e meia. Ah, e dão 50€ para o combustível. Bem, esta eu ainda não rejeitei. Começo a ver que tenho de baixar as perspectivas e assumir o meu estado de pobreza.
Ah, mas entretanto, amanhã tenho mais uma entrevista para a loja S (era hoje mas também surgiu um contratempo lá na loja. Compreendo... ou começo a compreender, vá).
Um dia destes venho cá. Aposto que terei mais qualquer coisinha para contar.


3 comentários:

  1. Eu também já fui a uma entrevista para uma loja e tive que andar a vender e arrumar a loja durante uma manhã.Se calhar era a mesma... e começava por P :P

    Beijinho e boa sorte :)

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  2. Qual aventuras em Londres qual que! Portugal é muito mais rico em peripécias!
    Espero que a tua sorte mude ;)

    Beijinhos,
    Sofia

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  3. Mais depressa tinha escrito as últimas aventuras da procura de emprego dos meus sonhos e mais depressa arranjava emprego. A loja P seleccionou-me, meninas :)
    Ah, e Simples e Elegante, tenho para mim que a loja era a mesma ;)

    Beijinhos

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